quarta-feira, 25 de novembro de 2009

- Gravação com subgrave


   Gravando com caixa de subwoofer...

O nosso leitor Antonio Caetano perguntou a nossa opinião sobre o uso de subwoofer em estúdios...

O que posso dizer sobre isso é que o mais importante nesse caso é o bom censo na hora da utilização das caixas de subgrave...

Um termo muito comum entre os profissionais de estúdio é o famoso “Som de Cliente”... e foi para isso que as caixas de subgrave foram introduzidas nos estúdios.

Normalmente costumamos trabalhar com monitores pequenos e com o controle de volume (amplitude) bem reduzido.

Os monitores de referência são caixas acústicas especialmente projetadas para responder de forma plana. Ou seja, elas mostram exatamente o que esta gravado... Todas as freqüências presentes na gravação devem ser pronunciadas pelos monitores, de forma que nada passe desapercebido. Sendo assim, o melhor monitor de estúdio é aquele que não cansa o ouvido do técnico e ao mesmo tempo não esconde os defeitos da gravação, mostra tudo que pode estar faltando e também o que pode estar sobrando. Recomendo que leiam o artigo sobre monitores " - O melhor monitor de audio e estudio..." escrito nesse blog.

O subwoofer é um alto falante que funciona nas faixas de freqüências graves normalmente entre 20Hz e125Hz, podendo ter a sua freqüência de corte alterada para cima ou para baixo conforme a regulagem do equalizador, do crossover e até do próprio circuito da caixa. Esse tipo de caixa é utilizado para acentuar essas freqüências graves na medida em que os pequenos monitores de estúdio são lineares e não conseguem pronunciar essas freqüências com a força que o cliente gostaria de ouvir...

Ocorre que quando estamos realizando a mixagem e a masterização é fácil perceber se essas freqüências estão presentes ou não mesmo nos pequenos monitores de referencia de estúdio, ou seja não precisamos de um subwoofer para notar a presença dos graves. O bom profissional de áudio deve ter a audição mais refinada e treinada, a ponto de sentir a presença das freqüências mesmo em volumes reduzidos. Os graves devem soar de forma limpa sem interferir na pronuncia das outras freqüências. Chamamos isso de “som macio”... As caixas de subwoofers acrescentam força e peso aos graves mas e comum ver sistemas de subgrave que na verdade estão acrescentando também ruídos e distorção, nos causando a impressão de embolar o áudio nas freqüências mais baixas.

Também é fundamental observar as condições acústicas onde o som será propagado na medida em que as freqüências graves são as que mais apresentam problemas de fase e estacionaria. O que pode fazer das caixas de subgrave uma grande responsável pelo fenômeno de mascaramento de freqüências.

Outro detalhe importante é que quanto mais aumentamos o volume maior se torna a distorção proveniente da relação sinal ruido do equipamento que estamos utilizando. Isso muitas vezes faz com que a realidade sonora seja alterada, resultando em uma mixagem que parece soar bem mas que na verdade esta desequilibrada e acaba se comportando de forma insatisfatória em equipamentos domésticos.

O que pode ocorrer quando utilizamos subwoofer e caixas de grande porte é que corremos o risco ter a falsa impressão de que os graves estão muito acentuados quando na verdade não estão.

Sendo assim o ideal é que todo o trabalho de gravação, mixagem e masterização seja feito em monitores de referencia que respondam de forma plana e linear a todas as faixas de freqüência e que as caixas de grande porte e o subwoofer sejam utilizados apenas na hora de mostrar o áudio final ao cliente e não como referencia de trabalho... Com isso conseguiremos garantir a integridade e o equilíbrio do áudio final sem sermos induzidos a erros pela utilização de caixas de uso domestico ou mesmo de sonorização de grande porte que costumam ter a sua pronuncia contornada para melhor atender ao gosto popular.
Espero ter esclarecido a sua duvida... Agradecemos a sua participação e continuamos nos colocando a disposição dos leitores para esclarecer duvidas sobre áudio e musica... Um abraço fraterno... e até o próximo artigo...

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