segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

- Falando em equalizador

Equalizar... 

O nosso amigo Sergio Ferraz nos enviou a seguinte pergunta:
 
“ Como vai Zé tudo bem? Queria saber sobre equalizadores, se na verdade acrescentam frequências ou diminuem, essa é uma duvida que eu sempre tive pois cada um fala uma coisa. (além de equalizadores paramétricos, qual é a diferença) “

Oi Sergio... Estava mesmo faltando um artigo sobre equalizadores em nosso site e com certeza muita gente alem de você também possui essa duvida... Vamos lá então...

Começando pelo sentido da palavra... “equalizar” significa “Igualar”, tornar igual ou ainda “equilibrar”. Trata-se na verdade de uma ferramenta capaz de alterar a presença ou quantidade ou ainda se você preferir, o volume de determinadas freqüências que podem estar sobrando ou faltando em um arquivo de áudio...
 
O equalizador tanto pode atenuar como acrescentar uma ou mais freqüências ao áudio. No meio profissional de áudio costumamos nos referir ao equalizador como “Filter” ou filtro. Sendo assim é natural que utilizemos o equalizador no sentido de filtrar ou diminuir a intensidade das freqüências indesejadas ou que estejam excessivamente presentes em um determinado áudio. Quando usamos o equalizador para acrescentar freqüências corremos o risco de acrescentar ruídos, uma vez que acrescentar volume ao áudio é função do pré amplificador e não do equalizador. O mais prudente seria aumentar o ganho ou o volume do áudio todo e usar o equalizador para filtrar ou diminuir o que esta sobrando. Mas há situações onde a melhor opção pode ser mesmo aumentar determinadas freqüências no equalizador. Puxar um pouco pra cima as freqüências altas a partir de 10khz por exemplo, pode ser uma forma de trazer claridade e presença ao áudio... as vezes isso se faz necessário e pode apresentar ótimos resultados... O importante, como eu costumo dizer é o bom censo na hora de utilizar essa e outras ferramentas de áudio.

Os equalizadores se dividem em três categorias, todos tem a mesma função mas se diferenciam na forma de operação e na aplicação. São eles:

Shelving: O equalizador shelving costuma estar presente em equipamentos domésticos e em crossovers e normalmente se apresenta em treble(agudos) e bass(graves) ou ainda um único controle(tone) que ao ser girado para um lado aumenta os graves e para o outro lado aumenta os agudos. São controles simples que permitem aumentar ou diminuir os graves e agudos sem especificar as freqüências que estão sendo trabalhadas, ou seja: + ou – agudo... e + ou – grave...


  
Paramétrico: O equalizador paramétrico é uma evolução do shelving. Normalmente são divididos em quatro bandas de equalização, sendo elas: grave(low), medio baixo(low mid), medio alto(high mid) e agudos(high). A vantagem dos Eqs paramétricos é que eles tem a possibilidade de definir a freqüência que será trabalhada alem da abertura ou largura (Q) de cada filtro ou banda de equalização. Ou seja, o usuário é que define os parâmetros de equalização a serem adotados. Qual freqüência iremos atenuar ou acrescentar, qual intensidade da atenuação e qual a amplitude(Q) do filtro. Ao aumentarmos a largura(Q) do filtro, ele passara a atuar também nas freqüências vizinhas, porem adotando a freqüência escolhida como ponto central de atuação do filtro.


  

Gráfico: O equalizador gráfico funciona a partir de freqüências pré determinadas e possui um controle de atenuação para cada freqüência. O mais utilizado é o de 31 bandas e possui 31 controles sendo um para cada uma das freqüências entre 20Hz e 20Khz. A largura de cada filtro (Q) é pré determinada e não pode ser alterada. Esse tipo de equalizador costuma ser utilizado em alinhamentos de sistemas de áudio em P.A. e monitores. É a melhor opção quando precisamos atuar em várias freqüências separadamente e ao mesmo tempo. 


 

Existe ainda os semi-paramétricos, que são uma variação dos paramétricos porém com menos recursos de definição de parâmetros de equalização.


 

Para concluir e responder mais objetivamente a sua pergunta, o que eu posso dizer é que os equalizadores tanto podem acrescentar como podem atenuar as freqüências a serem equalizadas.

Eles estão presentes em equipamentos domésticos, em mesas de som, em alguns pré amplificadores e em formato de racks e são seguramente a ferramenta mais importante para os profissionais de áudio. 

Espero ter ajudado a esclarecer a questão... caso a sua duvida persista volte a nos escrever... Um abraço fraterno...

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

- Gravação com subgrave


   Gravando com caixa de subwoofer...

O nosso leitor Antonio Caetano perguntou a nossa opinião sobre o uso de subwoofer em estúdios...

O que posso dizer sobre isso é que o mais importante nesse caso é o bom censo na hora da utilização das caixas de subgrave...

Um termo muito comum entre os profissionais de estúdio é o famoso “Som de Cliente”... e foi para isso que as caixas de subgrave foram introduzidas nos estúdios.

Normalmente costumamos trabalhar com monitores pequenos e com o controle de volume (amplitude) bem reduzido.

Os monitores de referência são caixas acústicas especialmente projetadas para responder de forma plana. Ou seja, elas mostram exatamente o que esta gravado... Todas as freqüências presentes na gravação devem ser pronunciadas pelos monitores, de forma que nada passe desapercebido. Sendo assim, o melhor monitor de estúdio é aquele que não cansa o ouvido do técnico e ao mesmo tempo não esconde os defeitos da gravação, mostra tudo que pode estar faltando e também o que pode estar sobrando. Recomendo que leiam o artigo sobre monitores " - O melhor monitor de audio e estudio..." escrito nesse blog.

O subwoofer é um alto falante que funciona nas faixas de freqüências graves normalmente entre 20Hz e125Hz, podendo ter a sua freqüência de corte alterada para cima ou para baixo conforme a regulagem do equalizador, do crossover e até do próprio circuito da caixa. Esse tipo de caixa é utilizado para acentuar essas freqüências graves na medida em que os pequenos monitores de estúdio são lineares e não conseguem pronunciar essas freqüências com a força que o cliente gostaria de ouvir...

Ocorre que quando estamos realizando a mixagem e a masterização é fácil perceber se essas freqüências estão presentes ou não mesmo nos pequenos monitores de referencia de estúdio, ou seja não precisamos de um subwoofer para notar a presença dos graves. O bom profissional de áudio deve ter a audição mais refinada e treinada, a ponto de sentir a presença das freqüências mesmo em volumes reduzidos. Os graves devem soar de forma limpa sem interferir na pronuncia das outras freqüências. Chamamos isso de “som macio”... As caixas de subwoofers acrescentam força e peso aos graves mas e comum ver sistemas de subgrave que na verdade estão acrescentando também ruídos e distorção, nos causando a impressão de embolar o áudio nas freqüências mais baixas.

Também é fundamental observar as condições acústicas onde o som será propagado na medida em que as freqüências graves são as que mais apresentam problemas de fase e estacionaria. O que pode fazer das caixas de subgrave uma grande responsável pelo fenômeno de mascaramento de freqüências.

Outro detalhe importante é que quanto mais aumentamos o volume maior se torna a distorção proveniente da relação sinal ruido do equipamento que estamos utilizando. Isso muitas vezes faz com que a realidade sonora seja alterada, resultando em uma mixagem que parece soar bem mas que na verdade esta desequilibrada e acaba se comportando de forma insatisfatória em equipamentos domésticos.

O que pode ocorrer quando utilizamos subwoofer e caixas de grande porte é que corremos o risco ter a falsa impressão de que os graves estão muito acentuados quando na verdade não estão.

Sendo assim o ideal é que todo o trabalho de gravação, mixagem e masterização seja feito em monitores de referencia que respondam de forma plana e linear a todas as faixas de freqüência e que as caixas de grande porte e o subwoofer sejam utilizados apenas na hora de mostrar o áudio final ao cliente e não como referencia de trabalho... Com isso conseguiremos garantir a integridade e o equilíbrio do áudio final sem sermos induzidos a erros pela utilização de caixas de uso domestico ou mesmo de sonorização de grande porte que costumam ter a sua pronuncia contornada para melhor atender ao gosto popular.
Espero ter esclarecido a sua duvida... Agradecemos a sua participação e continuamos nos colocando a disposição dos leitores para esclarecer duvidas sobre áudio e musica... Um abraço fraterno... e até o próximo artigo...

domingo, 15 de novembro de 2009

- Comprar mesa de som firewire...


O que comprar? Mesa Firewire ou mesa com interface USB separada...

O nosso leitor e amigo Sergio Ferraz  nos enviou a seguinte pergunta:

Toco em bares MPB voz e violão e gostaria de trabalhar com playbacks de acompanhamento, pois tem lugares em que vou tocar (principalmente em festas), e acabo necessitando de um peso maior devido ao repertorio que obrigatoriamente acabo tendo que fazer (tipo pagode, forro etc), e nem sempre dá pra levar 2 caras a mais pra tocar junto devido ao cachê.
Só que estou numa duvida: Como vou trabalhar com MID e gravação em trilhas seria mais vantagem comprar uma placa USB (estava pensando na EDIROL), ou compraria uma mesa pois assim já melhoraria o meu som pois necessariamente terei que comprar outra mesa com a placa pois acho que com a mesa que eu tenho hoje não conseguiria fazer uma gravação de qualidade.
Gosto muito dos seus artigos e vou continuar acompanhando seu blog abraços...

Oi Sergio, fica difícil ser objetivo na resposta sem saber qual mesa de som você possui. Também não sei quanto você pretende investir na compra de uma nova mesa... Eu particularmente sempre prefiro equipamentos independentes, considerando que nem sempre precisamos usar ou transportar os dois ao mesmo tempo alem disso em caso de defeito da mesa ou da interface você não perde os dois ao mesmo tempo, isso sem contar a possibilidade de poder se desfazer de um deles separadamente do outro.

Outro aspecto importante é que nem todos os computadores possuem entrada Firewire, o que acaba fazendo das interfaces USB uma opção mais versátil.

Essa interface EDIROL que você citou é uma boa escolha, possui conversores ROLAND de alta resolução e o preço é bastante acessível.

Se você é um entusiasta do programa de gravação Protools compre uma M-AUDIO e terá a vantagem de poder usar a versão M-Powerd do Protools. Vale lembrar que o som dos conversores dos modelos mais simples da EDIROL é bem melhor que o som dos modelos mais simples da M-AUDIO, afinal de contas quando falamos em EDIROL estamos falando em ROLAND.

Provavelmente você consegue comprar a interface EDIROL e uma boa mesa compacta por menos do que custaria uma mesa Firewire. Contudo, também é importante observar quantos canais de conversão AD/DA você terá a sua disposição no caso da mesa Firewire e no caso da interface USB.

Se mesmo depois de todas essas considerações você ainda preferir a mesa Firewire, uma boa opção poderá ser a M-AUDIO NRV10 ( a foto acima). Trata-se de uma mesa compacta com efeitos, boa sonoridade e preço de aproximadamente R$2.000,00. Sugiro que você releia os artigos que escrevi sobre " comprar uma mesa de som..." e o outro sobre " interfaces ".

Não sei se consegui ajudar na solução da sua dúvida... mas espero que sim... se a dúvida persistir escreva-nos com mais detalhes para que possamos ser mais específicos na resposta... Um abraço fraterno...

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

- como gravar em casa ?


Gravando em casa...

O nosso amigo Carlo Roberto D... nos enviou a seguinte pergunta:

“ Gostaria de saber se consigo fazer gravações simples, aqui em casa, de violão e voz, só com o microfone co1u, da samson?  Se não há necessidade de ter no PC uma placa de áudio/som específica e como faço para gravar voz e violão utilizando só este microfone?  indique-me, por favor a posição, distância, enfim, qual o procedimento para conseguir uma gravação razoável, nessas condições...”


Oi Carlos, estava mesmo faltando em nosso site um artigo sobre gravação...

Esse assunto é bastante amplo de forma que um livro inteiro ainda seria pouco para o tanto que se pode falar sobre o tema.

Eu sou de uma geração que nunca imaginou que um dia seria possível gravar um disco inteiro em meu próprio quarto. Lembro-me que na minha infância eu brincava de fazer gravações em um velho AKAI de 4 canais do meu tio enquanto os meus amigos jogavam bola na rua. Naquela época era o Maximo da modernidade e eram poucas as pessoas que tinham um equipamento desses à disposição. Poucos anos se passaram e temos uma infinidade de equipamentos e possibilidades dentro do nosso computador doméstico. Como eu já escrevi em outro artigo sobre interfaces, isso só se tornou possível graças á tecnologia de digitalização do áudio, que deixou tudo mais fácil e mais barato. Isso sem contar as possibilidades de edição e mudança de pitch/time alem do processamento de efeitos.

Talvez seja por isso que vejo muita gente dizer: _”grava assim mesmo que depois a gente arruma na mixagem...”.

Vale a citação histórica de que até o começo da década de 60 as gravações eram feitas em apenas dois canais, ou seja, não dava para gravar um instrumento em cada canal separadamente, tínhamos que gravar tudo ao mesmo tempo e no mesmo canal. Sendo assim a mixagem era feita antes da gravação... É isso mesmo que você esta lendo... Os técnicos de som da época passavam várias horas mudando a posição dos microfones e ajustando o volume e a equalização de cada um deles enquanto a banda tocava, até todos terem a certeza que a sonoridade estava boa e a seção já poderia ser gravada.  Alem disso as gravações eram feitas em tempo real (real time) com a banda toda tocando ao mesmo tempo como se fosse uma apresentação para publico, até porque não havia como se fazer edições posteriores. No máximo cortar e emendar alguns pedaços de fita magnética, o que dava muito trabalho e nem sempre apresentava resultados satisfatórios.

Com o surgimento dos gravadores de 4 pistas as coisas ficaram um pouco mais fáceis... Podíamos gravar inicialmente nos 4 canais e depois reduzíamos tudo para dois canais de outro gravador. Foi ai que surgiu a idéia de mixagem posterior á gravação...  O interessante é que os engenheiros da época perceberam que poderiam voltar o resultado daquela mixagem para os dois primeiros canais do gravador e gravar mais alguma coisa nos outros dois canais. Se esse processo fosse repetido várias vezes, seria possível gravar uma orquestra inteira, em seções e canais separados.

O disco “Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band” da banda britânica THE BEATLES foi o primeiro disco a ser gravado dessa forma. Na época o produtor George Martin utilizou dois gravadores de 4 canais trabalhando de forma sincronizada. Isso lhes rendeu quatro prêmios Grammy e o titulo de primeiro disco gravado em oito canais do mundo, alem de revolucionar completamente a indústria fonográfica da época.

Percebo que com o advento da tecnologia acabamos perdendo um pouco do cuidado com a fase inicial da gravação, dedicando mais atenção às edições e aos processamentos posteriores. Hoje em dia a mixagem dos vários canais é feita depois que todos já estão gravados. É nesse momento que costumamos perceber que poderíamos ter feito as coisas de outra forma no começo da gravação. Mas ai já é tarde demais... Acabamos ficando um pouco frustrados e tentamos aproveitar da melhor forma possível o material que temos nas mãos.

Se você esta começando a fazer suas próprias gravações e não sabe exatamente como proceder não se preocupe... As melhores idéias vieram da necessidade, aliada á criatividade e à falta de recursos e conhecimentos técnicos!

Ou seja, o melhor jeito de conseguir um bom áudio é tentando de varias formas diferentes, até chegar ao melhor resultado.

A principal dica que eu posso lhe dar é que você preste atenção na relação sinal/ruído. Ou seja, não deixe o volume muito alto para não distorcer a gravação.  A pressão sonora ideal é em torno de -6dB, dessa forma você terá uma boa margem de folga para trabalhar com os processamentos de efeito na hora da mixagem.  Recomendo que leiam os artigos sobre mesa de som e pré amplificadores postados nesse site para esclarecer melhor essa questão.

Em relação a distancia e posição do microfone, o que posso dizer é que ela irá variar de acordo com a pressão sonora do que você esta gravando. Em media adotamos a medida de um palmo da fonte emissora como distancia ideal e padrão.

É interessante observar que alguns ambientes apresentam maior reverberação natural do que outros. Você pode gravar no banheiro ou no corredor se quiser aproveitar o eco desses ambientes, o problema é que depois de gravado não tem mais como tirar esse efeito da gravação. Sendo assim prefira os ambientes com menos reverberação. Uma boa solução é procurar a parte da casa que tenha mais moveis acolchoados. Quando eu quero um som mais seco eu costumo fazer uma cabana improvisada com acolchoados e cobertores e gravo dentro dela. Você pode também improvisar um anti-puff para gravar as vozes usando a armação de um coador de café ou mesmo um fio de cobre grosso e uma meia feminina esticada sobre ele.

Se você for gravar o violão e voz ao mesmo tempo o certo será testar a melhor posição e distância para que o mic capte tudo sem que a voz se sobreponha muito sobre o violão. Se o violão for eletrificado você poderá conectá-lo diretamente na placa de áudio normal do seu comp. e usar o mic apenas para gravar a voz. O ideal é gravar sempre sem equalização (flat), mas há casos e ambientes que requerem alguns ajustes de EQ.

Oportunamente escreverei um artigo dando dicas da utilização de equalizadores, compressores e efeitos de áudio, mas posso adiantar que os bons microfones como é o caso do CO1U da Samson, costumam apresentar um ótimo resultado de gravação sem a necessidade de muitos processamentos posteriores.

Os mic com conector USB como o CO1U são uma solução interessante porque dispensam o uso de placas conversoras de áudio. É só ligar o mic no computador através de um cabo USB e começar a gravar. Mas tem a desvantagem de não poderem ser usados como microfone normal sem o cabo USB e o computador, alem de não podermos usar um pré-ampli externo para aquecer o áudio.

A maioria deles pode ser usada diretamente no programa de gravação, mas alguns, como é o caso dos Samson possui um software específico com controles de volume e equalização parecido com os drivers usados pelas placas de áudio comuns.A vantagem principal esta no seu baixo custo e na portabilidade. Você só precisa do mic e de um computador para começar a gravar.

Com relação ao software de gravação, escreverei posteriormente um artigo inteiro sobre o tema, mas o que posso adiantar é que já há algum tempo cheguei à conclusão que o melhor software de gravação é aquele que você domina e se sente a vontade enquanto utiliza.

Teria muito mais a dizer, mas escreverei outros artigos mais específicos sobre o tema à medida que as pessoas forem me enviando as suas duvidas...  Espero que esse artigo tenha lhe auxiliado... Caso tenha duvidas mais específicas volte a nos escrever, teremos enorme satisfação em lhe ajudar... Um abraço fraterno...

sábado, 24 de outubro de 2009

- monitor por fone de ouvido...


Monitoração por fone de ouvido funciona bem ou não?

 O nosso amigo e leitor Alan nos enviou a seguinte pergunta:
 
Queria pedir algumas sugestões sobre implantação de fones (monitor com varios fones). Explicando meu cenario: Na nossa Igreja temos um problema sério com os retornos para os musicos... como cada um tem seu volume, cada um  quer seu volume no maximo, gerando assim uma falta de controle do som da frente da Igreja. Pensei em implantar um sistema de fones para os musicos... Total de 6 fones.(baixo,guitarra, teclados,violao,bateria) Agora pergunto: com um custo mais reduzido possível... Que tipo de mesa (marca e modelo) ? Qual o modelo mais indicado para o amp. de fones ? (beringer, powerclick...)
Desde já Agradeço pela atenção, sei que este assunto não é muito abordado, creio que vai ajudar...
 

Oi Alan a sua pergunta é realmente bastante interessante... Na verdade trata-se de um assunto polemico e um pouco mais complexo do que as pessoas pensam...
Já faz algum tempo que eu vejo vários artistas brasileiros utilizando sistemas de earphone no lugar dos tradicionais monitores de palco. O interessante é que 99,9% deles afirmam que esse sistema é muito desconfortável e que preferem os monitores de chão, mas que por uma imposição dos técnicos e dos produtores eles acabam cedendo para não causar problemas e para não parecerem antiquados ou antipáticos. Uma outra conclusão que cheguei depois de conversar com vários técnicos foi que a maioria deles prefere a monitoração através de fones porque a qualidade do áudio é melhor e não apresenta microfonias.
Na verdade o que realmente acontece é que o Brasil infelizmente ainda não tem tradição na formação de profissionais de áudio, até porque são poucos e muito recentes os cursos de formação nessa área. O resultado disso é que a maior parte dos técnicos de som que atuam no nosso mercado musical ainda não sabe como proceder para alinhar a equalização de um sistema de PA ou de monitores. Isso resulta em uma sonoridade muitas vezes desconfortável e com qualidade ruim, alem de problemas constantes de realimentação (a famosa microfonia). Outro fator importante é que o mundo esta cada vez mais barulhento e as pessoas estão cada vez mais surdas, ou seja, cada musico quer ouvir o seu instrumento mais alto que o do outro e o resultado final acaba sendo uma barulheira insuportável e incompreensível à todos. Muitas vezes sou chamado para consultoria técnica e encontro uma cena onde os músicos estão duelando e disputando a atenção do publico através do botão de volume e não da expressão artística propriamente dita.
Vale salientar que a monitoração por fones é condenada por todos os profissionais da área médica por apresentar riscos á saúde podendo provocar significativa perda auditiva e até mesmo surdez profunda ao longo do tempo. Em função disso a maioria dos países não utiliza mais esse sistema em shows, deixando essa tipo de equipamento apenas para gravações de estúdio onde normalmente utilizamos os fones de ouvido para evitar vazamentos sonoros do áudio que estamos ouvindo durante a gravação.
Sendo assim o que eu sugiro a vocês é que mudem a forma de fazer as coisas... O ideal é que os músicos se aprofundem no estudo técnico dos seus instrumentos de forma a conseguir o melhor resultado possível com o menor esforço e volume. Alem disso também é importante aprender a tocar para “A MUSICA” e não para “O musicO”. Ou seja o melhor mesmo é que o pessoal diminua o volume e pronto... rsrsrsr...
Além disso seria bom fazer uma analise do equipamento que vocês possuem e qual a forma como ele esta sendo utilizado... Muitas vezes temos a sensação de que precisamos de mais volume porque não estamos entendendo o que esta sendo tocado... O que realmente esta ocorrendo é que o som esta mau equalizado e o monitor ou PA esta mau alinhado, nos dando a impressão de que o problema é falta de volume, quando na verdade é excesso de harmônicos desnecessários e de ruídos de saturação do sistema... isso sem contar a famigerada microfonia... Tudo isso poderia ser evitado com o auxilio de um bom profissional de áudio.
Se ainda assim você chegar a conclusão que o sistema de monitoração por fone é a melhor opção para essa situação em especial, eu diria que há várias possibilidades e várias formas de adaptar os equipamentos que vocês já possuem.
A primeira coisa a se considerar é a quantidade de vias de monitor que você pretende usar. Ou seja, quantas saídas de auxiliar você tem a disposição na sua mesa de som. Se a sua mesa possui apenas duas saídas auxiliares (AUX-send) então você terá apenas dois canais de monitoração. Seguindo esse raciocínio fica fácil entender que mesmo que você coloque dez fones de ouvido no palco, os músicos terão apenas essas duas vias de monitoração.
Nesse caso poderíamos ligar uma saída AUX. em um pré-ampli para 5 fones e a outra saída em outro pré-ampli para os outros 5 fones. Dessa forma os 5 primeiros músicos estariam ouvindo a mesma mixagem de monitor do primeiro AUX. e outros 5 músicos ouviriam a outra mixagem relativa à segunda saída de AUX.
Em relação a marcas, modelos e preços, posso dizer que todas as marcas famosas de equipamentos profissionais de áudio, possuem o seu modelo de pré-amlpi para fones, contudo, depois de alguma pesquisa cheguei à conclusão que a melhor relação custo/beneficio para o seu caso esta nos modelos POWER PLAY PRO - 8 HA8000 e XL HA4700 da Behringer, ou então em duas unidades do MINIAMP AMP800 também da Behringer, ou ainda duas unidades do minusculo Behringer HA400.
È claro que existem outras marcas e modelos, com sonoridade talvez melhor ou com preço supostamente mais viável, mas esses três equipamentos que eu citei são fáceis de serem encontrados, tem o valor bastante acessível e possuem uma ótima sonoridade.
È importante frisar que:
- No caso do 8 HA8000 você poderá usar uma mesma via de monitor para os 16 fones ou se preferir 8 vias diferentes sendo 1 para cada 2 fones.
- No caso do XL HA4700 sera 1 via para os 8 fones ou até 4 vias sendo 1 para cada 2 fones.
- No MINIAMP AMP800 teremos 2 vias com 2 fones em cada via perfazendo um total de 4 fones.
- E finalmente no HA400 teremos uma única via pra os 4 fones.
A forma de liga-los é simples, independente da mesa de som que você esteja usando, você deve plugar a saída de cada aux-send da mesa na entrada de um dos canais do pré-ampli de fone a ser utilizado. Lembre-se que a mesa de som é apenas um misturador, os instrumentos entram separados um em cada canal e saem juntos pelo master ou separadamente pelos auxiliares (send).
Espero ter respondido a sua pergunta... Desculpe-me pelas criticas aos companheiros de trabalho e agradeço pela sua participação em nossa coluna... se as duvidas persistirem volte a nos escrever através do email doutormusica@gmail.com e teremos enorme satisfação em lhe auxiliar... Um abraço fraterno... e até o próximo artigo...

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

- gravando com mic200 e phantom power...


 Quando usar o phantom power? Posso ligar meu pré MIC200 em um canal da mesa... ?

O nosso amigo Luiz Gustavo O... nos enviou uma pergunta que acreditamos também ser uma duvida de vários outros leitores. Segue a sua pergunta:

Olá amigos!

Acompanho sempre as matérias e recentemente adquiri um MIC200 da Behringer. Ainda não consegui usá-lo e tenho algumas duvidas:



-Possuo uma Placa 2496 da M-audio e uma mesa de som Xenyx da Behringer. Gostaria de saber se posso ligar o pré na mesa para gravar além do vocal, guitarra e baixo, ou se não devo usar a mesa para isso e teria que ligar o pré direto na placa de som. Tipo guit/pré/mesa e se isso influencia alguma coisa na qualidade de som.

-Outra coisa que gostaria de saber é se quando for gravar a voz com o pré, ligo o phantom do próprio pré e não ligo o phantom da mesa e deixo o TRIM no ZERO, certo?


Obrigado e aguardo o retorno!
Luiz Gustavo O...


Oi Luiz, na verdade não há nenhum problema em ligar o MIC200 em um dos canais da mesa. Nesse caso sugiro que você opte por um canal que não tenha pré(TRIN) assim você estará utilizando apenas o pré do MIC200. Quando estou em viagem costumo levar comigo uma pequena mesa TAPCO e um pré STUDIO ART portátil. Se eu preciso gravar algo que eu considere que necessita de equalização então eu passo o sinal do pré STUDIO ART por um dos canais da mesa, mas se eu sinto que não é necessário nenhum tipo de equalização no áudio que estou gravando então eu ligo o pré direto na placa de som. O que devemos sempre lembrar é que em se tratando de áudio, quanto menos caminhos forem percorridos pelo som captado, maior será a sua integridade. Ou seja, cabos, conectores e circuitos eletrônicos apresentam perda de sinal elétrico proporcional á qualidade dos componentes utilizados na fabricação do equipamento que você esta utilizando. Sendo assim, embora não haja problema em ligar o pré em um canal da mesa o ideal é que você utilize esse procedimento apenas se precisar dos recursos de equalização da mesa, ou ainda se for necessário realizar a mixagem dos canais da mesa antes mesmo de enviar o áudio a ser gravado ao computador.

È importante também lembrar que se você for utilizar um canal da mesa que já possua pré(TRIN) o ideal seria mesmo manter o controle de ganho(TRIN) do canal escolhido na posição ZERO ou então utilizar o mínimo possível do ganho(TRIN) da mesa afim de evitar que ocorra a aplicação de um pré sobre o outro, o que poderia gerar problemas de impedância, causando distorção no áudio, gerando ruídos, ou até mesmo danificando a mesa de som caso ocorra excesso de alimentação por parte do áudio que esta sendo gravado.

Com relação ao phantom power, também não há problema em acionar o da mesa e o do MIC200 ao mesmo tempo, até porque pode ser que você esteja utilizando um microfone condensador ligado no MIC200 e outro ligado diretamente em um dos canais da mesa, nesse caso você precisará da alimentação do phantom tanto no conector do MIC200 como no conector do canal da mesa em que o outro condensador estiver ligado. Alguns prés não aceitam esse tipo de situação e geram ruidos indesejáveis ao acionarmos os dois phantom ao mesmo tempo, nesse caso o melhor é testar e ver o que acontece com o seu. Lembre-se que o phantom power é uma alimentação elétrica de 48v que é enviada para a capsula de microfones do tipo condenser através do pino central(neutro) dos conectores do tipo XLR(cannon). Ou seja, se você não estiver utilizando um microfone desse tipo você não precisará deixar o phantom power ativado. Respondendo mais objetivamente à sua pergunta, sim... você está certo! Quando for gravar a voz com o pré, ligue o phantom do próprio pré e não ligue o phantom da mesa e deixo o TRIM do canal da mesa no ZERO. Sendo assim, realmente não é necessário deixar o phantom do MIC200 e o da mesa ligados ao mesmo tempo se você for utilizar o condensador apenas em um dos dois equipamentos. O phantom power a ser utilizado deverá ser sempre o do equipamento aonde o mic condensador está inicialmente conectado. Espero que esse artigo lhe ajude na solução dessa questão. Se a nossa resposta ainda não foi suficiente para sanar as suas dúvidas pedimos que volte a entrar em contato e teremos enorme prazer em ajuda-lo. Um forte abraço... boa gravação... e não se esqueça de divulgar o nosso site aos amigos que também se interessam por esse apaixonante tema...

domingo, 20 de setembro de 2009

- não ouço reverb...



O que faço para ouvir o reverb no meu monitor?

O nosso leitor Robrigo M... enviou-nos uma questão que provavelmente já deve ter acontecido com todos... Vamos à pergunta:

“Estou com uma pequena dúvida na ligação do meu monitor pessoal Shure PMS200. Uso uma mesa Behringer 2442FX com efeito interno... E uso um Virtualizer externo para efeito da voz principal...  São 4 mandadas AUX... Então, fica Aux 1 para o PMS200 AUX 2 monitor floor da batera... AUX 3 (fx interno demais vozes) e Aux 4 para o Virtualizer... Porém, a voz no PMS fica seca, sem nem mesmo conseguir adicionar um reverbezinho... Tem alguma idéia?”

Oi Rodrigo, pela sua descrição o que parece estar acontecendo é que você esta enviando o sinal de áudio para o seu Shure PMS200 antes mesmo que o som passe pelo efeito (reverb). Ou seja, quando você manda o sinal do canal de voz para o auxiliar 1 e liga a saída do auxiliar 1 da mesa diretamente ao seu monitor enquanto o sinal que vai para o efeito sai pelos auxiliares 3 e 4, na verdade não haverá mesmo efeito na voz. É importante lembrar que todo sinal mandado a um processador de efeito deve retornar á mesa de som para podermos sentir a presença do efeito processado. O botão de controle aux. SEND define a quantidade de sinal a ser mandado para o processador de efeito e o botão de controle RETURN define o volume ou quantidade de efeito que volta do processador para a mesa.

Pergunta importante: Em que parte da mesa você esta retornando os efeitos que saem pelo aux 3 e 4? Sugiro que você retorne o sinal do Virtualize para o canal 15 da mesa. Agora é só mandar o sinal  pelo aux 1 do canal 15 e você estará mandando efeito para o seu monitor. Considerando que o canal 15 estara sendo usado como volta do reverb é bom se certificar que o auxiliar 3 e 4 desse canal estejam fechados para não haver realimentação do reverb. Você pode fazer a mesma coisa com o efeito interno da mesa, fazendo um jump do conector de saída (FX out) para volta lo em algum canal enviando posteriormente o seu sinal para o aux 1.

Espero que isso resolva o seu problema... Se não tiver resolvido volte a nos escrever dando mais detalhes do caso... um abraço e até o próximo artigo...

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

- gravação mono ou stereo ?


Qual e afinal a diferença entre gravação Mono e Stereo???
O leitor Reginaldo G... enviou-nos uma pergunta bastante interessante: Bom dia, comprei o mic. Samson Co1u e notei que ele grava em mono... Como resolver esse problema? O que está errado? Simplesmente o conectei ao notebook... Tem algum manual mais completo do produto?

Oi Reginaldo, na verdade não há nada de errado nisso. A primeira coisa que devemos considerar é que:

Monoaural, ou Mono, é o sistema de gravação e reprodução do som em que não é possível perceber as diferentes posições das fontes sonoras, ou seja, todo o som é transmitido por meio de um único canal, também chamado de monofônico. Tipicamente é constituído de apenas um microfone, uma caixa acústica, ou, em casos onde existir mais de um fone ou caixa, todos compartilham o mesmo sinal. O sistema monoaural foi substituído pelo sistema estereofônico na maioria dos equipamentos de áudio, porém continua padrão em aplicações como radio-telefones, redes telefônicas e aparelhos auditivos”. E “Estereofonia ou simplesmente, estéreo, ou ainda stereo do inglês, consiste num sistema de reprodução de áudio que utiliza dois canais de som monoaurais distintos (direito e esquerdo) sincronizados ao mesmo tempo e no mesmo espaço”.

Ou seja, para acontecer esse efeito stereo, alem dos dois canais de áudio independentes, é necessário também que um deles seja posicionado ao lado esquerdo (Left) e o outro ao lado direito (Right). Logo, a diferença entre stereo e mono está na posição em que se encontram os controles de pan (panoramic) dos canais de uma seção de gravação na hora da mixagem. Se você observar uma mesa de som percebera que o controle de pan (panoramic) de cada canal pode ser direcionado para o centro da imagem sonora ou então para a direita ou esquerda. Se você mantiver todos os canais da mesa de som com os respectivos controles de pan na posição zero (ao centro), você na verdade estará ouvindo um áudio em padrão mono, considerando que todos os canais estarão sendo somados com suas imagens sonoras igualmente ao centro. Para criar um efeito stereo nessa gravação, bastará deslocar o pan de cada um dos canais para diferentes posições, direcionando alguns um pouco mais para a caixa da direita e outros mais para a esquerda, não permitindo que nenhum dos canais fique direcionado completamente no centro. A partir desse procedimento nenhum canal terá mais a sua imagem sonora no centro da cena, passando assim a manifestar o citado efeito stereo em sua gravação. Todos os microfones são naturalmente monos, com exceção dos que possuem dois diafragmas e são capazes de captar separadamente e ao mesmo tempo uma fonte de emissão sonora à esquerda e outra a direita, sendo que, para que essa captação esteja realmente em padrão stereo o mic devera ter também a possibilidade de gravar cada uma dessas imagens em canais diferentes, como se estivéssemos utilizando dois microfones ao invés de um. Vale salientar que nem todos os microfones bidirecionais do tipo ribbon, que gravam em figura de 8 podem ser considerados stereo, na medida em que estão registrando os dois lados opostos do microfone em um mesmo canal e não em dois canais distintos. Além disso, a sua pergunta implica em mais um detalhe: o SAMSON Co1u possui o conversor A/D no próprio microfone, dispensando a necessidade de outras interfaces de conversão para realizar a digitalização e gravação do áudio em seu computador. Ocorre que por possuir apenas um diafragma o SAMSON Co1u possui também um único canal de conversor A/D. Sendo assim a única forma de realizar uma captação stereo na hora de gravar seria adquirindo mais um mic igual a esse de forma a gravar cada um em canal de sua seção de gravação ao mesmo tempo, desde que os dois mics não estejam direcionados para a mesma direção na hora da captação do áudio a ser gravado. Outra observação importante é que não se deve colocar um mic de frente para o outro para não causar problemas de cancelamento de fase de algumas freqüências do áudio a ser captado. Caso essa forma de captação seja realmente necessária o ideal é utilizar o controle de inversão de fase ø em um dos microfones. Este controle ø normalmente esta presente nos pré amplificadores, nos canais das mesas de som ou ainda nos canais do mixer virtual do programa (software) que esta sendo utilizado para gravar.

Com relação ao manual, não sei qual foi o que veio no seu mic, mas se for necessário você poderá acessar o manual completo no link:

http://s3.amazonaws.com/samsontech/related_docs/C01U_ownman_v4.pdf

Espero que esse artigo tenha ajudado no esclarecimento das suas duvidas... Caso ainda haja alguma duvida não hesite em nos contatar através do email doutormusica@gmail.com, teremos enorme satisfação em lhe auxiliar da melhor forma possível. Aproveitamos para pedir a gentileza de divulgar esse site a todos os seus amigos que também se interesem pelo assunto...

Um abraço... E até o próximo artigo...


sábado, 29 de agosto de 2009

- comprar uma mesa de som...


O que devemos considerar na hora de escolher uma mesa de som para o nosso
home-studio...

Na hora de escolher uma mesa de som alguns detalhes devem ser observados. A primeira pergunta a se fazer, é se a mesa escolhida possui os recursos necessários ao uso que se pretende dar a ela.
Você irá usa la em gravações ou em sonorização de eventos e apresentações musicais?
É importante observar que nem sempre a quantidade de canais de entrada será o principal fator na escolha de uma mesa de som. Se a sua intenção for utiliza la em uma gravação multitrack será fundamental observar quantas saídas independentes você terá a sua disposição, garantindo assim que você possa endereçar todos os canais separadamente à sua interface de gravação. Sendo assim não adianta apenas comprar uma mesa com 12 canais, o que equivale a poder ligar doze microfones ou então doze violões ao mesmo tempo, se essa mesa possuir apenas 1 saída auxiliar e 2 saídas de máster. Perceba que em uma mesa com essa configuração você poderá gravar apenas três canais de cada vez. Um saindo pelo auxiliar, outro saindo pela saída L (esquerda) da mesa e o terceiro pela saída R (direita) da mesa, sendo que para isso você precisara ter certeza que é possível abaixar todo volume de saída (fader) do primeiro canal de forma a permitir que ele mande sinal apenas pela saída auxiliar. Chamamos isso de pré fader. No caso do segundo e do terceiro canais, será necessário fechar toda a saída auxiliar e mover o controle de pan totalmente para esquerda no segundo canal e totalmente para a direita no terceiro canal. Desta forma você terá três mandadas completamente independentes. Mas se você precisar gravar os outros 9 canais da mesa ao mesmo tempo, ai será necessário distribui-los entre uma dessas três saídas seguindo o mesmo procedimento utilizado nos três primeiros canais. O problema é que desta forma você estará realizando a mixagem dos 12 canais em apenas 3 antes mesmo de grava los.
Sendo assim a melhor forma de ter certeza que você vai poder aproveitar todas os canais de entrada da sua placa de áudio é se certificando que a mesa de som escolhida por você possui pré amplificadores e saídas independentes para cada canal a ser gravado.
É por isso que as mesas de som profissionais de grande porte são divididas em 3 categorias: mesa para gravação em estúdio, com estrutura especifica para facilitar o processo de gravação, mesa de PA (public address) que são utilizadas para fazer a mixagem que o público houve nos shows, e mesa de monitores que servem para fazer a mixagem das caixas de retorno que os músicos utilizam no palco afim de se ouvir melhor enquanto tocam.
O segundo aspecto igualmente importante é a qualidade dos pré amplificadores e do equalizador de cada canal. Como já citei em outro artigo, algumas mesas de som chegam a custar alguns milhares de dólares exatamente porque possuem pré amplificadores e equalizadores de extrema qualidade, como é o caso das mesas NEVE e MIDAS.
Se a sua placa possui apenas dois canais de entrada você poderá usar qualquer modelo de mesa, uma vez que você irá gravar somente o sinal dos dois canais da saída master da mesa. Para isso bastará mover o controle de pan dos canais a serem gravados, deixando um totalmente para um lado e o outro totalmente para o outro lado, esse procedimento permitira isolar cada canal em apenas um dos canais da saída master da mesa.
Existem várias marcas e vários modelos de mesas de pequeno porte no mercado, podemos citar a Mackie como a marca que possui os melhores equipamentos desse tipo atualmente. Os seus prés são considerados os melhores do mercado em relação custo beneficio. Recentemente a Mackie lançou a marca TAPCO como sendo a sua segunda linha. A TAPCO possui mesas menores, entre elas há um modelo com apenas 3 canais muito compacto mas com mesma qualidade dos outros produtos desenvolvidos pela Mackie. Eu já testei uma e confesso que fiquei bastante surpreso, com certeza essa é a melhor relação custo beneficio que eu encontrei nesse segmento.
Ainda nesse mesmo segmento podemos citar a linha XENIX da BEHRINGER. Também possui modelos bastante compactos e com prés e equalizadores de boa qualidade por um preço bastante acessível. Recentemente eu comprei uma mesinha XENIX super compacta de 8 canais no Mercado Livre e paguei o preço irrisório de R$229,00. Um ótimo negocio considerando que a minha intenção é usa la quando estou em viagem e preciso de apenas dois ou três canais para equalizar os microfones da minha percussão antes de manda los para mesa de PA e monitor. Sinceramente com exceção das XENIX eu evitaria as mesas da BEHRINGER, os outros modelos mais antigos não possuem componentes eletrônicos com a mesma qualidade da linha XENIX e isso faz muita diferença na qualidade final do áudio. Se tiver oportunidade faça o teste comparativo e constate você mesmo o que eu estou dizendo.
De olho no mercado de home-studios várias marcas passaram a desenvolver mesas de som compactas com a interface conversora de áudio já acoplada. Podemos citar a linha Multimix da Alesis com modelos de 4 a 16 canais com conector USB e preços a partir de R$500,00. A mesa M-16dx da EDIROL com os excelentes conversores da Roland trabalhando em até 96Khz em 24bits e16 canais independentes com conector USB por aproximadamente R$1.600,00. Ou ainda a NRV10 da M-AUDIO com conector firewire por R$2.700,00. Se eu fosse optar por uma dessas três sugestões eu provavelmente ficaria com a EDIROL, afinal de contas a Roland é sempre garantia de bom negocio, qualidade e satisfação.
Outras marcas bastante conhecidas e de ótima qualidade são a TASCAN, SOUNDCRAFT, SPIRIT, SAMSON, PHONIC, ALTO, DDA, Allen&Heat e YAMAHA.
O importante mesmo é saber se o equipamento está em boas condições, com todos os canais funcionando e com os potenciômetros e conectores sem oxidação e ruídos. Se você puder testar pessoalmente o equipamento antes de comprar certifique-se também que todas as saídas estão funcionando perfeitamente e sem ruídos e chiados.
Espero ter ajudado e esclarecido um pouco das suas duvidas sobre esse assunto. Na verdade poderíamos escrever um livro inteiro sobre esse tema tão extenso. Se você tiver alguma duvida especifica escreva para doutormusica@gmail.com e acompanhe o nosso site para ler a resposta.
Um abraço... e até o próximo artigo...



segunda-feira, 17 de agosto de 2009

- melhor interface de audio...



Você sabe qual é a melhor interface de áudio pro seu HomeStudio?


Gravar musicas através do computador de casa só se tornou possível e fácil graças à popularização das interfaces conversoras de áudio A/D e D/A. No começo da década de 90 só ouvíamos falar da SOUND BLASTER que era a placa mais usada e servia para executar CDs de musica nos computadores domésticos. Com a evolução da industria de informática um novo mercado voltado á musica digital foi se desenvolvendo e hoje, poucos anos depois daquela primeira SOUND BLASTER, já existe uma infinidade de placas conversoras muito mais sofisticadas e capazes de transformar o seu PC em um verdadeiro estúdio profissional de gravação de áudio.

Os primeiros conversores criados para serem usados em micro computadores pessoais (PC) eram placas internas do tipo PCI conectadas à motherboard e tinham resolução de 44.1Khz em 16 bits que é a taxa de amostragem utilizada nos CDs de musica que utilizamos atualmente. Com o desenvolvimento de novas mídias capazes de armazenar dados em resoluções mais altas, novos conversores foram sendo criados, permitindo que um computador PC comum possa gravar áudio em resoluções de 48Khz, 96Khz e até 192khz em 24bits.

O aumento da resolução em uma gravação de áudio resulta em uma sonoridade mais rica em detalhes e harmônicos, nos causando uma sensação de claridade, limpeza e realismo no som que estamos ouvindo. Chamamos esse tipo de sensação de psicoacústica e abordaremos melhor esse tema em outro artigo. O problema disso tudo é que quanto mais aumentamos a resolução e a taxa de amostragem, maior sera o tamanho dos arquivos de áudio a serem gerados. Em função disso se torna necessário adquirirmos Hard Disks cada vez mais robustos, com maior capacidade de armazenamento e mais velozes na leitura e registro dos dados. Algumas pessoas devem se lembrar que há apenas dez anos atrás um HD de 20Gb era considerado enorme e hoje em dia os notebooks mais modestos costumam ser de montados com pelo menos 120Gb de Hard Disk.

Com o desenvolvimento dos computadores portáteis surgiram várias interfaces externas que se utilizam de conectores USB e Fire Wire. Algumas possuem pré amplificadores e até saída para monitores e headphones com regulagem de volume independente. É interessante lembrar que é possível encontrar interfaces com uma mesma configuração, e que apesar disso possuem sonoridade bastante diferente. Ou seja, o que determina a qualidade de uma interface não é apenas a sua capacidade de trabalhar em taxas de amostragem mais altas. Já passei por várias situações onde havia duas interfaces diferentes, ambas trabalhando em 44.1Khz em 16bits e era facilmente perceptível a diferença da sonoridade e a qualidade do áudio de uma em relação à outra. É claro que não podemos esperar que uma interface de R$200,00 tenha a mesma sonoridade de uma de R$2.000,00 ainda que as duas estejam trabalhando com a mesma taxa de amostragem. Sendo assim, o que vai definir a qualidade de uma interface é o seu conversor, e a precisão com que ele calcula a conversão do áudio, além é claro, da qualidade dos componentes eletrônicos usados na sua fabricação.

Feita sob medida para quem busca a melhor relação custo beneficio, a interface mais popular da atualidade é indiscutivelmente a BEHRINGER UCA202. Trata-se de uma placa portátil muito pequena, muito leve e muito barata. Ela possui conector USB, conta com dois canais de entrada e trabalha em 44.1Khz e 48Khz em 16bits. É compatível com a maioria dos programas de gravação de áudio e não precisa de drivers específicos, é só conectar e começar a usar... O melhor de tudo é que ela pode ser facilmente encontrada por aproximadamente R$160,00. Quando eu soube da sua existência fiquei impressionado com o preço o tamanho e a facilidade de uso. Confesso que eu não acreditava que um conversor tão barato pudesse apresentar um bom resultado. Resolvi comprar só pra ver se funcionava... E não é que a “pequena notável” funciona mesmo!!! É verdade que ela não tem o som de uma APOGEE DUET que seria a similar portátil da APOGEE, com preço em torno de R$2.000,00. Mas vale ressaltar também que sendo dez vezes mais cara, o minimo que se espera da APOGEE DUET é que ela realmente soe melhor que a maioria das suas concorrentes.

Ainda no segmento das portáteis, uma ótima opção é a FAST TRACK da M-AUDIO, também possui conector USB, mas tem a vantagem de contar com uma entrada xlr e um pré em um de seus dois canais de entrada. Trabalha em 44.1Khz e 48Khz em 24bits e é compatível com a versão M-POWER do consagrado programa de gravação PROTOOLS da DIGIDESIGN. A sua desvantagem é que ela não apresenta phanton power, mas em compensação o seu preço é muito convidativo. Custa em torno de R$480,00 e possui a qualidade já bastante conhecida dos conversores da M-AUDIO. Eu dei a sorte de achar uma promoção no MERCADO LIVRE e comprei uma novinha pela bagatela de R$299,00. Precinho... Tenho utilizado ela sempre que estou em viagens e preciso fazer uma gravação mais simples com o meu netbook MOBO WHITE 150 da POSITIVO.

A M-AUDIO possui ainda outros modelos com conector USB como é o caso da FAST TRACK PRO com quatro canais por R$680,00, a FAST TRACK ULTRA com seis canais por R$1.350,00 e o novo lançamento da M-AUDIO, a FAST TRACK ULTRA 8R com oito canais por aproximadamente R$1.900,00. Esses três modelos da M-AUDIO possuem prés de microfone nos canais de entrada, dispensando a necessidade de mesas de som para realizar as gravações. Ambas trabalham em até 96Khz em 24bits e como todos os equipamentos da M-AUDIO elas também são compatíveis com todos os softwares de gravação, inclusive o PROTOOLS M-POWER.

Ainda falando de M-AUDIO, vale frisar que por apresentarem uma ótima relação custo beneficio, as placas PCI dessa marca são as mais populares da atualidade. A DELTA 1010LT possui oito canais e conectores MIDI. Ela é um grande sucesso de venda em função do seu preço convidativo de aproximadamente R$700,00. Já a AUDIOPHILE 2496 é a mais popular entre elas. Ela vem com dois canais e conectores MIDI e pode ser encontrada por R$400,00. A placa superstar da M-AUDIO é a AUDIOPHILE 192, ela possui dois canais analógicos e dois digitais, além conectores MIDI. Já ganhou todos os prêmios da categoria, conta com os melhores conversores da atualidade e trabalha em até192Khz em 24bits podendo ser encontrada por R$950,00. Ela está indiscutivelmente entre as melhores placas do mundo. Eu mesmo já tive uma e confirmo a sua qualidade e o motivo de sua fama. Sinceramente não me lembro de nenhum outro equipamento desse nível por esse preço...

Para quem faz questão de utilizar a plataforma PROTOOLS, a DIGIDESIGN criou também vários modelos de interface, atendendo assim a todos os tipos de situação. O mais popular entre eles é o DIGIDESIGN MBOX2 PRO FIRE WIRE, que pode ser encontrado por R$3000,00. Essa interface trabalha em 96Khz em 24bits e vem com 6 entradas/inputs simultâneas, 8 saídas simultâneas, 4 entradas analógicas (2 XLR/1/4' TRS e 2 1/4' TRS ), 6 saídas analógicas (¼'), 2 entradas para instrumentos no painel frontal, 2 canais de entradas e saídas S/PDIF, entrada RCA para toca-discos, 1 entrada e uma saída MIDI (16 canais in/16 canais out), suporte MTS, entrada e saída BNC Word Clock, monitoração de baixa latência, saídas dedicadas para monitor com controle de volume, duas saídas de fone de ouvido com volumes independentes e phantom power de 48V. A sua versão menor é a MBOX2 que utiliza conector USB e possui 2 canais de áudio além do conversor MIDI. A MBOX2 é atualmente o modelo mais vendido da DIGIDESIGN e pode ser encontrada na internet por aproximadamente R$1.500,00.

É importante deixar claro que esse é o segmento LE da plataforma PROTOOLS. Existe também a linha PROTOOLS TDM que é uma plataforma de alta performance criada pela DIGIDESIGN afim de atender a estúdios profissionais de grande porte. A linha TDM requer hardware específico, suas configurações são modulares para melhor atender às necessidades de cada cliente e costumam custar bastante caro. Não se monta uma plataforma dessas por menos de R$50.000,00.

Existe ainda várias outras marcas e modelos... Fica difícil lembrar de todas agora, mas não posso terminar esse artigo sem citar a ADA8000 da BEHRINGER com 8 canais por apenas R$900,00, a PRESONUS AUDIOBOX USB com 2 canais por R$700,00, a EMU PROTEUS X também com 2 canais por R$400,00, a AEB 8/I da RME com 8 canais por R$400,00, a LINE 6 TONE PORT UX1 USB com 2 canais por R$600,00, a ótima TAPCO LINKUSB com 2 canais por R$500,00, a MACKIE SPIKE USB com 2 canais e MIDI por R$1.500,00, a ROLAND EDIROL Ua-101 com 10 canais por R$2.000,00, a MOTU 828 Mk3 com 8 canais por aproximadamente R$5.000,00 e finalmente a fantástica APOGEE ROSETTA 800 com 8 canais trabalhando em 192Khz em 24bits pela bagatela de R$12.000,00.

Todas essas interfaces aqui citadas estão dentro do que podemos chamar de padrão profissional de áudio, cada uma delas tem as suas peculiaridades, mas todas possuem boa performance e ótima sonoridade, podendo ser consideradas uma boa aquisição desde que tenhamos a consciência das suas limitações e da utilização que pretendemos dar a elas.

Esperamos que esse artigo possa lhe auxiliar no momento de decidir sobre a aquisição de uma interface. Caso possua alguma duvida mais especifica escreva para doutormusica@gmail.com e acompanhe os artigos postados para ler a sua resposta. Teremos muito prazer em ajuda-lo, sendo assim pedimos que nos ajude divulgando o nosso site aos seus amigos sempre que possível.

Um abraço... e até a próxima...

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

- pre amplificador de rack


Você esta procurando um pré amplificador de
rack ou de boutique?











Agora que já falamos sobre os pré amplificadores portáteis e sobre os mais baratos, vamos falar um pouco sobre os racks e sobre os prés de boutique, que costumam ser um pouco mais caros do que os citados anteriormente.

Amplificar é o mesmo que ampliar ou aumentar a amplitude ou intensidade de um sinal elétrico. Sendo assim podemos dizer que de um modo geral todos os pré amplificadores são semelhantes no funcionamento e na utilização. A necessidade de se estabelecer uma boa relação entre o sinal de input e o de output, conforme foi descrito no artigo anterior, serve para todos os tipos de pré amplificadores. A única diferença é que em alguns pré amplificadores de rack poderemos encontrar também alguns outros recursos como equalizadores e compressores além da simples amplificação do sinal de áudio.

Um equipamento com recursos extras pode trazer mais soluções, mas em alguns casos pode trazer também mais problemas. Na verdade isso vai depender do conhecimento técnico, do bom senso e da sensibilidade musical de cada um. Esses fatores são imprescindíveis para utilizarmos esses recursos extras da melhor forma possível.

Como eu descrevi no artigo passado, ao aumentarmos o ganho de um pré amplificador é comum sentirmos um aquecimento nos harmônicos, além da presença mais intensa de algumas freqüências, principalmente na região dos médio graves, antes mesmo de sentirmos o aumento real do volume.

Para trabalhar melhor esses efeitos colaterais, alguns pré amplificadores apresentam equalizadores e compressores. Os equalizadores são filtros que devem ser utilizados quando precisamos extrair freqüências indesejadas ou excessivas, comuns ao processo de amplificação de áudio. Já os compressores são a ferramenta que nos permite ter o controle dinâmico e constante sobre a pressão sonora e sobre volume final desse áudio. Explicarei mais detalhadamente como funcionam essas ferramentas em outro artigo, por hora o importante é sabermos que esses recursos são acoplados a alguns pré amplificadores para facilitar o trabalho de controle das freqüências excedentes permitindo que o áudio que foi captado através dos microfones seja gravado diretamente sem a necessidade de passar por outros equipamentos periféricos.

Sendo assim, os pré amplificadores que possuem esses recursos nos permitem conseguir um ótimo resultado de áudio, dispensando a equalização e os inserts que seriam aplicados posteriormente na mesa de som ou através de plugins, como os que são usados em sistemas digitais de gravação.

Uma regra importante para os iniciantes no mundo do áudio é que “em se tratando de áudio: Menos... É sempre mais...” ou seja, quanto menor a alteração no áudio captado, quanto menor a quantidade de efeitos aplicados e quanto menor a quantidade de circuitos percorridos, melhor sera a qualidade desse áudio e mais fácil sera trabalhar com ele na fase final de mixagem. Essa concepção de trabalho também é fundamental se quisermos garantir a integridade artística do material original.

Em se tratando de pré amplificadores em formato de rack podemos começar citando o Mic2200 Ultragain Pro da BEHRINGER. Trata-se de um valvulado com dois canais e equalizador paramétrico com preço bem acessível e fácil de ser encontrado na internet por aproximadamente R$500,00.

O DMP-3 da M-AUDIO é um valvulado com dois canais que não traz recursos extras de equalização e compressão mas é muito bem visto entre os profissionais de áudio que consideram que a principal característica de um bom pré ampli está na qualidade dos componentes aliado à um bom projeto e a um baixo nível de distorção e ruídos. É um ótimo complemento para os sistemas digitais de gravação da M-AUDIO e custa em torno de R$ 750,00.

Se você procura um equipamento completo é não se importa de pagar um pouco mais eu recomendo o VOICE CHANNEL da ART. Trata-se de um valvulado de alta performance com d-esser, expander, equalizador paramétrico de quatro bandas e compressor valvulado. A sua desvantagem é que ele possui apenas um canal de amplificação, mas em compensação ele conta com um poderoso conversor digital de 192 Khz em 24 bits com saída digital SPDF, AES/EBU, ADAT e USB tudo isso por apenas R$ 3.200,00 e com o já conhecido padrão de qualidade ART.

Em se tratando de pré amplificadores vintage de boutique temos várias opções. Podemos citar o ARSENAL AUDIO / Api Mp-r20 com dois canais por R$ 7.000,00, o UNIVERSAL AUDIO Solo 610, um valvulado de um canal por R$ 3.500,00, o AVALON Vt 737 por R$ 7.700,00 e o AVALON 747 Sp por R$ 6.500,00, o ART Mpa Gold com 2 canais valvulados por R$ 2.500,00, o famoso JOEMEEK Three Q, aquele de painel verde com dois canais por R$ 2.000,00, ou ainda o clássico UNIVERSAL AUDIO 6176 por R$ 7.000,00. Ainda nesta linha de prés vintage o sonho de consumo de todo profissional de áudio é o VOXBOX GOLD da MANLEY que pode chegar a R$ 15.000,00 e não é muito fácil de ser encontrado.

Uma marca que também deve ser citada e é bastante conhecida é a FOCUSRITE. O modelo mais conhecido é o FOCUSRITE Twin Trak que possui dois canais com equalização e conversor digital de 96 Khz. Trata-se de um solid state que pode ser encontrado por aproximadamente R$ 2.800,00 nas melhores lojas de equipamentos de áudio.

Muito mais poderia ser dito sobre esse assunto... Este artigo foi apenas um resumo sobre o tema. Esperamos que essas informações possam lhe ajudar na hora de comprar o seu pré amplificador. Se você tem alguma dúvida mais especifica escreva para doutormusica@gmail.com e acompanhe o nosso site para saber a resposta. Até a próxima...