sexta-feira, 31 de julho de 2009

- comprar um pre amplificador...


Qual é afinal o melhor pré amplificador...


Nem todo mundo sabe mas o pré amplificador onde o microfone está ligado faz muita diferença no resultado final da gravação. Os pré amplificadores são circuitos transistorizados ou valvulados que amplificam o sinal elétrico gerado pelas bobinas dos microfones ou pela captação dos instrumentos eletrificados como guitarras e contrabaixos. Os botões (potenciômetros) de ganho (GAIN ou TRIM) existentes em cada canal de uma mesa de som são na verdade os controles de entrada de sinal dos pré amplificadores desses canais.
Como em todo tipo de circuito elétrico, os pré amplificadores podem ter performances diferentes de acordo com o seu projeto e com a qualidade dos componentes eletrônicos utilizados na sua fabricação. Alguns consoles (mesas de som) são tão caros e famosos que podem custar alguns milhares de dólares, como é o caso das mesas de som NEVE que possuem os pré amplificadores mais bem projetados do mercado.
A precisão com que um circuito trabalha com o sinal elétrico e seus transientes é fundamental para garantir a sua integridade, resultando em um baixo índice de distorção e um minimo de ruídos no áudio gravado.
Quando aumentamos a intensidade do controle de ganho (GAIN), que costuma ficar na parte de cima dos canais da mesa, a primeira sensação que temos é que o volume do som aumentou. Na verdade não é apenas isso... De fato o volume aumenta, mas na realidade o que está sendo aumentado é a sensibilidade do microfone e a presença do áudio que está sendo captado, o que é muito diferente de aumentar o volume no botão de saída do canal (FADER) que costuma ficar na parte de baixo dos canais da mesa. Se aumentarmos bem lentamente o ganho poderemos sentir uma mudança na coloração o nos harmônicos do áudio que esta sendo captado antes mesmo de sentirmos o aumento substancial do seu volume. Essa relação entre a mudança da sonoridade e o aumento real do volume é que define a qualidade do pré amplificador. Isso explica porque muitas vezes ao escutarmos musica em um microsistem domestico temos a sensação de que a partir de uma determinada posição do botão de volume o som começa a distorcer ao invés de realmente aumentar o volume. Isso mostra que se trata de um circuito com pouca potencia ou de baixa qualidade.
Quando estamos gravando podemos utilizar os prés da mesa de som (GAIN ou TRIM) ou podemos usar pré amplificadores externos. No caso de mesas de som podemos citar os prés da MACKIE, TAPCO e a linha XENYX da BEHRINGER como as melhores opções no que diz respeito à relação custo beneficio. Existe ainda outras marcas e modelos de mesas que também apresentam ótimos prés como é o caso da TASCAN, YAMAHA, SPIRIT, ALLEN&HEAT, DIGIDESIGN, DDA e ROLAND.
Nesse artigo vou me ater aos pré amplificadores portáteis, no próximo artigo escreverei sobre os pré amplificadores em formato de rack e posteriormente falaremos nas mesas de som.
Em se tratando de pré amplificadores os preços variam muito, os mais baratos podem ser encontrados por aproximadamente R$200,00 e os mais caros podem chegar até a R$40.000,00 ou mais.
Os valvulados mais populares atualmente são o BEHRINGER MIC100 e o MIC200 que são vendidos na internet por aproximadamente R$200,00. Eles são portáteis e tem baixo custo, o que podemos considerar uma boa vantagem. Entretanto não funcionam muito bem em gravações porque podem gerar um pouco de ruido de fundo, em compensação são ótimos ao vivo onde esses ruídos se tornam imperceptíveis. Eu prefiro usa los em violões de nylon do que em violões de aço, na medida em que eles apresentam melhor resultado nas freqüências médias.
Nesse formato portátil e valvulado os ART STUDIO PRO e V3 são inquestionavelmente os melhores do mercado. Esses eu recomendo em qualquer situação, tanto no estúdio como no palco. Funcionam muito bem com violões eletrificados e são perfeitos para microfones condensadores ou dinâmicos. Eles costumam ser encontrados por aproximadamente R$250,00 em sites de e-commerce, e isso faz deles a melhor opção na relação custo beneficio.
Ainda na linha dos portáteis temos o SAMSON C-VALVE que tem a vantagem de possuir uma saída digital SPDF com conversor de 96Khz em 24bit, o que é uma ótima solução para usarmos aquele canal SPDF da nossa placa de áudio que acaba nunca servindo pra nada. O seu preço fica em torno de R$400,00 e também é facilmente encontrado na internet.
Outro portátil notável é o TUBE-PRE da PRESONUS. Ele também é valvulado e é muito elogiado por vários profissionais. Pode ser encontrado por aproximadamente R$500,00. Sua outra versão é o BLUE-TUBE, trata-se do mesmo circuito a válvula só que com dois canais de amplificação por um preço médio de R$800,00.
Um portátil transistorizado bem acessível é o MIC800 da BEHRINGER. O seu diferencial é que ele vem com vários presets de amplificação para vozes e instrumentos e possui também um circuito simulador de válvula. O seu preço é em torno de R$250,00.
A M-AUDIO também tem o seu portátil. É o AUDIO BUDDY, que vem com dois canais de amplificação e custa em torno de R$500,00. Uma boa opção para trabalhar em conjunto com as placas da M-AUDIO.
Existe ainda vários outros modelos e marcas mas esses aqui citados são os mais conhecidos atualmente.
O mais importante mesmo é entender como eles funcionam e saber qual a melhor forma de utiliza los. No caso dos valvulados o potenciômetro do input define a quantidade de sinal que entra no sistema e o output define a quantidade de energia que sai. Sendo assim quando ajustamos o pré com um sinal de entrada maior do que o de saída ocorre uma saturação na válvula que gera o que chamamos de áudio “aquecido”. Com a saturação da válvula costuma ocorrer o aumento do volume e uma leve compressão no áudio, que pode variar de acordo com a relação entre o sinal de entrada e o de saída, resultando em diferentes possibilidades de compressão e coloração do som.
A intensidade com que saturamos a válvula e a relação estabelecida entre o input e o output irá variar de equipamento para equipamento. Devemos sempre levar em consideração o tipo de sonoridade do instrumento que estamos amplificando, bem como o seu pico de sinal e a sua pressão sonora, assim evitaremos que ocorram distorções e defeitos no áudio a ser gravado. Nesse caso a melhor forma de saber qual a regulagem ideal é tentando as varias possibilidades até encontrar a que soa melhor.
A conclusão que podemos chegar é que mais importante do que saber se compramos ou não o melhor pré amplificador do mercado é saber se estamos conseguindo utiliza-lo da melhor forma, aproveitando todos os recursos e possibilidades que ele nós oferece. Mais uma vez o que fara realmente a diferença na busca de um satisfatório resultado final, serão os nossos conhecimentos técnicos aliados ao bom censo e à nossa sensibilidade musical.
No próximo artigo falaremos sobre os pré amplificadores em formato de rack e nos chamados prés de boutique.
Espero que essas poucas dicas possam lhe ajudar na hora de escolher o seu novo pré amplificador portátil. Se você tem alguma duvida mais especifica escreva ao Dr. Musica no email doutormusica@gmail.com e acompanhe o nosso blog para ler a sua resposta.

sábado, 25 de julho de 2009

- microfone condensador




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Comprando um microfone condensador
Em se tratando de microfones condensadores ou capacitivos, o valor do investimento pode aumentar um pouco. A princípio eles eram usados apenas em estúdios de gravação mas com o tempo foram sendo desenvolvidos modelos handheld (de mão) para serem usados também em shows e apresentações.

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Os microfones são transdutores iguais aos altos falantes, também possuem um cone de papel ou plástico, só que em tamanho reduzido e com função oposta. No caso do alto falante, existe uma bobina que recebe um sinal elétrico vindo do amplificador, essa bobina é presa a um cone de papel ou metal que é preso ao chassi do alto falante através de uma membrana de papelão com bordas de borracha. O sinal elétrico recebido pela bobina movimenta o cone e a membrana para dentro e para fora em uma velocidade capas de gerar o som que ouvimos. Os microfones também são transdutores iguais ao alto falante só que funcionam de forma contraria. A sua membrana sofre a pressão sonora exercida pelo ar e na medida em que ela se movimenta uma pequena bobina ligada a ela transforma essa pressão sonora no sinal elétrico que é enviado ao pré-amplificador.
Os microfones condensadores são mais sensíveis e não servem para captação direcional de instrumentos de grande pressão sonora. Possuem um áudio mais cristalino e com maior volume. A consequência disso é que as freqüências altas se tornam mais presentes e podemos dizer popularmente que eles tem a vantagem de apresentar uma “claridade” bem maior às gravações em relação aos dinâmicos. O inconveniente dos condensadores é que para utiliza-los é necessário que eles estejam ligados a um pré-amplificador ou a uma mesa de som que possua conector XLR com alimentação phanton-power (48Volts). Essa carga de 48v é conduzida ao interior do microfone pelo conector neutro do plug (pino do meio) e cria um campo magnético dentro da capsula, fazendo com que o diafragma flutue sobre a bobina sem a necessidade de que ele esteja preso ao chassi da capsula como é o caso dos alto falantes e dos transdutores de microfones dinâmicos. Esse sistema anula o fator de resistência mecânica do diafragma, permitindo que o movimento desse diafragma em relação à bobina do microfone seja muito mais rápido. Essa velocidade do diafragma transdutor é o que proporciona aos condensadores uma sensibilidade bem maior às freqüências altas (agudos) que normalmente não são captadas pela maioria dos microfones dinâmicos por terem o seu comprimento de onda bem menores e mais fracos. Para uma maior compreensão do assunto sugiro a leitura do artigo do site www.music-center.com.br .
A entrada das industrias chinesas no mercado internacional democratizou a aquisição dos equipamentos profissionais de áudio na medida em que os seus preços diminuíram bastante.
Hoje já existem alguns microfones condensadores de valor bem acessível e ótima qualidade técnica, mas a melhor relação entre custo/beneficio em microfones de primeira linha, em qualquer segmento, ainda é invariavelmente dos microfones da RODE. Adquirir um RODE é sempre garantia de tranquilidade e uma ótima compra... Trata-se de microfones com alto padrão de qualidade e sonoridade cristalina, quente e macia, acima da media dos outros microfones de primeira linha, por um valor bem abaixo da maioria dos seus concorrentes. 
Em se tratando de microfones de segunda linha viáveis, podemos citar o JTS js1-E e os BEHRINGER CO1, CO2 e CO3 e agora o CO1U que vem com conector USB e pode ser ligado diretamente ao computador através de uma conexão USB. Os modelos com conexão USB são uma nova opção para home-studios ou para sistemas portáteis de gravação porque dispensam o uso de pré amplificadores, mesas de som, e interfaces de conversão de áudio. Há também os SAMSON CO1, CO2 e CO3. e o novo SAMSON CO1U que também possui conector USB. Todos esses podem ser facilmente encontrados em sites de e-commerce por aproximadamente R$400,00.
Em se tratando de microfones de baixo custo, eu pessoalmente prefiro os da SAMSON porque constatei que possuem os melhores componentes, são mais bem acabados, possuem um controle de qualidade mais rígido e depois de alguns testes percebi que eles possuem também a melhor sonoridade, o que faz deles uma ótima opção para quem precisa de um bom microfone e não pode desembolsar uma pequena fortuna pra comprar um NEUMANN ou mesmo um AKG.
É importante esclarecer que em se tratando de equipamentos de áudio, embora a maioria das empresas fabriquem equipamentos em todos os seguimentos, cada uma delas apresenta melhores resultados em um determinado tipo de equipamento. No caso de microfones de baixo custo eu destacaria a SAMSON da mesma forma que para mesas de som de baixo custo eu prefiro as TAPCO que são consideradas a linha popular da MACKIE e em segundo lugar as BEHRINGER da linha XENIX que possuem pré-amplis e equalizadores de ótima qualidade.
Uma outra marca de microfones de baixo custo que vem se destacando é a SUPERLUX com o CMH-8B e o CMH-8G (valvulado), eu mesmo já comprei um CMH-8B e acho que se trata de um bom microfone na faixa dos R$800,00. Ele pode ser considerado um pouco barulhento se formos compara-lo com o clássico AKG 414-C Gold, que custa aproximadamente R$3.900,00 , mas vale salientar também que a diferença de preço é justificada pela diferença de sonoridade.
Outro condensador AKG um pouco mais acessível mas com o mesmo padrão de qualidade é o AKG C3000 que pode ser encontrado por aproximadamente R$850,00.
Os condensadores MXL-990 trazem o respeitado sobrenome MARSHALL Eletronics e podendo ser encontrados por aproximadamente R$400,00 eles vem fazendo bastante sucesso no mercado de home-studios. A MXL possui uma variedade enorme de microfones condensadores para estúdio, alguns possuem conector USB como é o caso do MXL-007U que pode ser comprado por aproximadamente R$800,00 e alguns são valvulados como é o caso do MXL-V69 com preço em torno de R$1.500,00.
Um condensador que me chamou muito a atenção foi o CAD GXL3000 que pode ser comprado na internet por aproximadamente R$800,00. Eu já usei um desses para gravar voz e fiquei bastante surpreso com o resultado.
Finalmente o mais conhecido e mais cobiçado por todos é o clássico alemão NEUMANN TLM 301. Ele não é o mais caro da marca mas traz a grife NEUMANN, que e considerada a melhor fabricante de microfones do mundo. Pode ser encontrado por R$5000,00 nas melhores lojas do ramo.
Para finalizar este artigo eu vou citar alguns condensadores handheld (de mão) que eu conheço e recomendo. A melhor relação custo beneficio nesse sentido é sem duvida nenhuma o SAMSON CO5 por aproximadamente R$200,00. O AUDIO-TECHNICA AT2010 que custa em média R$150,00 e o AKG C5 por R$500,00. Claro que a conceituada NEUMANN também lançou o seu handheld. O NEUMANN KMS-105 custa a bagatela de R$2.500,00 e não é muito fácil de ser encontrado, mas com certeza deve valer cada centavo investido.
Espero que essas poucas dicas possam te ajudar na hora de escolher o seu novo microfone. Se você tem alguma duvida mais especifica escreva ao Dr. Musica no email doutormusica@gmail.com e acompanhe o nosso blog para ler a sua resposta.
Um abraço...

- o melhor microfone para o seu home studio

O melhor microfone para o seu home-studio


Se você também está precisando decidir sobre qual microfone comprar eu sugiro que antes de mais nada você pense na função principal que você pretende que ele tenha, alem de avaliar as situações em que você precisará usá-lo. È importante ter uma noção dos diferentes tipos que existem, quais as suas características e aplicações.

Esse tema é amplo e merece um livro inteiro pois existe muita coisa a ser dita. Pra quem deseja se aprofundar no assunto uma boa dica é o livro “Microfones” do eng. de áudio Solon do Valle.

A primeira coisa que você precisa saber é que os microfones se dividem basicamente em dinâmicos, condensadores ou capacitivos, microfones de fita e piezo. Os principais tipos de captação são: cardióides, supercardióides, hipercardióides, bidirecionais e omnidirecionais. Alguns condensadores são mais versáteis e possuem várias formas de captação diferentes, selecionáveis a partir de uma chave específica. Alguns microfones possuem também controles de atenuação de pressão sonora (-10Db) e filtro de corte de freqüências graves do tipo passa-altas (LowCut) , o que pode ser bastante útil quando estamos gravando em locais com muitos ruídos ou captando instrumentos de muita pressão sonora.

Os preços podem variar entre R$50,00 e R$15.000,00 e as marcas mais conhecidas são AKG, SHURE, SENNHEISER, NEUMANN, MXL, CAD, AUDIO-TECHNICA e BEYERDYNAMIC. Entre as marcas de valor mais acessível podemos citar a SAMSON, a BEHRINGER, JTS, SUPERLUX e YOGA.

Nesse artigo eu vou abordar os dinâmicos e no próximo artigo eu prometo falar sobre os condensadores.

Os microfones dinâmicos são bem versáteis e aceitam bastante pressão sonora, alem de serem mais robustos e se adaptarem a todo o tipo de situação. São muito usados em sonorização de shows e na maioria dos modelos predomina a captação do tipo cardióide.

O dinâmico mais conhecido é o clássico SHURE SM58. Trata-se de um cardióide bastante resistente de sonoridade equilibrada que responde bem entre 50 e 15000Hz e é utilizado pela maioria dos artistas profissionais. Se você pretende possuir apenas um único microfone esse seria o mais indicado. Ele pode ser facilmente encontrado em sites de e-comerce como MERCADO LIVRE, AMERICANAS.COM, BUSCAPE ou SUBMARINO por aproximadamente R$350,00, porem deve-se tomar algum cuidado com preços muito abaixo da media uma vez que esse é o microfone que foi mais falsificado até agora.

Outro dinâmico clássico é o SHURE SM57. Ele é uma variação que utiliza a mesma capsula do SM58 porem com outra grade de proteção, resultando em uma captação um pouco mais veloz, o que acentua suavemente as freqüências medias e altas.

Existe mais microfones dinâmicos que foram desenvolvidos a partir do sucesso do SM58. Podemos citar entre eles o SENNHEISER E-835, 935 e 840, o SAMSON Q7 Q8 e, o SUPERLUX PRA-D1 e SONATA, o AKG D55S e D-77S, o BEHRINGER ultravoice XM8005, o YOGA DM1002, todos na faixa de R$350,00 ou até menos.

Há ainda vários outros dinâmicos cardióides, supercardióides e hipercardióides dessas marcas e de outras que são fabricados com as mesmas capsulas mas que utilizam outros componentes e material de acabamento mais simples , proporcionando um excelente resultado por preços bem menores.

Todo home-studio precisa de pelo menos um microfone dinâmico na medida em que eles são mais indicados para a captação direta de instrumentos de grande pressão sonora como bateria, instrumentos de sopro e amplificadores de guitarra. Já os condensadores funcionam melhor como over ou para microfonar vozes e instrumentos mais sutis como violão acústico, flauta, percussão de efeito ou pequenos instrumentos de corda com pouca pressão sonora.

Espero que essas poucas dicas possam te ajudar na hora de escolher o seu novo microfone. Se você tem alguma duvida mais especifica escreva ao Dr. Musica no email doutormusica@gmail.com e acompanhe o nosso blog para ler a sua resposta.

Um abraço...

quarta-feira, 22 de julho de 2009

- o melhor monitor de audio e estudio

Qual monitor eu devo comprar???

Há uns dias atrás um amigo me telefonou pedindo uma orientação sobre monitores de referencia para estúdio... Ele precisava comprar um par de monitores de áudio e com tantas opções diferentes no mercado ele não sabia qual escolher. Pesquisando o assunto na internet percebi que ele não era o único. Muitas pessoas tem a mesma dúvida... Resolvi então escrever sobre o assunto.

Ocorre que nesses meus vinte e três anos trabalhando com áudio e musica eu vi muitos equipamentos serem lançados e saírem de linha , alguns se transformaram em clássicos mas a maioria sucumbiu aos avanços tecnológicos da atual musica digital. Novos materiais vão sendo descobertos e novos projetos vão sendo desenvolvidos, enfim a aquisição de um bom par de monitores de referencia não é mais um luxo ao alcance apenas de grandes estúdios e consagrados produtores musicais.

Cheguei á conclusão que o melhor monitor de referencia é aquele que tem um preço que cabe no seu bolso, com um som que te agrada e principalmente te ajuda a chegar em um bom resultado final de gravação sem provocar stresse auditivo depois de algumas horas continuas de trabalho.

Isso quer dizer que esse é mais um caso onde o gosto pessoal vai definir a melhor escolha.

Um dos fatores que acabará sendo levado em conta é o tipo de musica que você produz e ouve, alem das suas referencias musicais e artísticas. Ou seja, quem trabalha com musica clássica e acústica e gosta de ouvir orquestras vai preferir monitores com o som mais sutil, com mais expressão nas freqüências medias e menos expressão nos graves, por sua vez quem trabalha com musica eletrônica vai preferir monitores que apresentem uma coloração com maior reforço nas freqüências agudas e nos graves.

O importante é que o monitor reproduza as freqüências em todas as regiões da forma mais linear possível, permitindo assim um resultado final de mixagem que soe bem em praticamente qualquer equipamento de som. Isso é o que podemos chamar de “caixa plana”.

O monitores podem ser passivos como o Alesis monitor one ou o clássico Yamaha NS10 e para funcionar precisam de um amplificador de potencia como é o caso do Alesis RA100 - reference power amplifier . Ou podem ser ativos, com sistema interno de amplificação como a maioria dos monitores que temos hoje no mercado.

O tamanho dos altos falantes costuma variar entre woofers de3,25' polegadas, 5' ou 6' ou ainda 8' polegadas e drivers entre 1' e 4' polegadas. Os materiais também variam muito, podendo ter domo de seda, papel, metal e fibras sintéticas derivadas do plastico e da borracha.

Costumam ter divisores em duas vias, uma para freqüências baixas ou graves com potencia que pode variar entre 25W a 250W RMS e outra para freqüências altas ou agudas com potencia variando entre 10W a 100W RMS, dependendo do projeto, da marca e do modelo.

As marcas mais conhecidas atualmente são Samson, M-Audio, Behringer, Edifier, Krk, Tanoy, Alesis, Mackie, Yamaha, Tapco, Genelec e Dynaudio, com preços que podem variar entre R$500,00 e R$50.000,00 por um par de caixas.

Alguns aspectos devem ser levados em conta na hora de escolher um par de monitores.

São eles:

  • Quanto você dispõe para este investimento?

  • Qual o tamanho da sala onde você vai trabalhar com eles?

  • Que tipo de projetos e em que estilo você pretende realizar?

  • E finalmente qual a performance que você espera deles?

Se você não for muito exigente no quesito pressão sonora e quiser gastar até R$800,00 uma boa opção é o M-Audio Studio pro 3 com drive de 3,5' para os graves e 1' para os agudos e uma potencia de 20W RMS. Ele tem um som muito equilibrado e limpo. Ainda nessa mesma faixa de potencia e também com uma ótima qualidade sonora temos o Roland Dm 2100

Se você é um pouco mais exigente e se considera um audiófilo com um gosto refinado, prefere um som com mais qualidade e não com mais volume e ainda pretende gastar menos de R$1000,00, uma ótima opção pra você pode ser a Edifier R1900 TIII. Com um falante de 5' polegadas para os graves, um drive de 1' com domo feito em seda, uma potencia de 30W RMS por caixa e um programa de calibragem desenvolvido pelo renomado engenheiro Phil Jones. As Edifier R1900 TIII prometem uma performance linear e plana com acabamento e sonoridade bem acima da média das concorrentes por módicos R$850,00.

Subindo um pouco o valor do investimento mas ainda próximo de R$1000,00 temos os KRK Rokit RP5 G2 que são um pouco mais agressivos do que os outros da mesma categoria mas também com qualidade e satisfação garantidas. Com falante de 5' e 45W RMS de potência, o modelo rokit RP5 da krk é uma ótima opção se você esta montando um home studio sem grandes pretensões de produzir o próximo vencedor do Grammy, mas com um som forte e expressivo como o som da sua banda exige.

Por volta de R$1500,00 podemos citar os Truth B2031 da Behringer, com 150w RMS para os graves 75W RMS para os agudos e a linha Resolv da Samson. com potencia a partir de 70W rms no modelo 50a. Tanto os Samson como os Behringer geram muita controvérsia, algumas pessoas gostam muito e outras detestam, esse é mais um daqueles casos onde o melhor é ir até a loja e escutar o som pra ver se gosta.

Um pouco acima de R$1500,00 com 75W RMS de potencia por caixa e falante de 5' podemos destacar ainda os Alesis M1 520, que alias eu acabei de adquirir um par em uma ótima oportunidade de negocio no Mercado Livre e confesso que estou muito satisfeito... esse eu particularmente recomendo a todos.

A partir de R$2000,00 começamos a falar de monitores um pouco mais robustos e maiores, na maioria das vezes possuem falante de 8' e potencia em torno de 200W RMS. Nessa faixa de preço vale a pena citar os Tapco S5 e S8 que são fabricados pela Mackie e proporcionam uma ótima relação custo beneficio.

De R$3000,00 em diante é melhor relação custo benefício ainda fica por conta dos Mackie, mas não podemos deixar de citar os clássicos Genelec que de um modo geral são referencias inquestionáveis no mercado internacional do áudio.

Existem ainda muitas outras marcas e considero que seria necessário escrever um livro inteiro para abordar o tema como ele realmente merece ser abordado, contudo, eu não podia terminar esse artigo sem citar os Dynaudio, com valores que variam entre R$7000,00 e R$50.000,00 eles são na minha opinião a melhor caixa acústica que podemos encontrar no mercado. Para quem nunca teve a oportunidade e o prazer de escutar monitores ou torres da Dynaudio, eu posso dizer que se trata de uma experiencia única e inesquecível que eu sinceramente recomendo a todos.